Eu acompanho de perto o universo artesanal e fiquei surpresa com a velocidade com que o marca páginas de crochê deixou de ser improviso para se transformar em acessório desejo entre leitores. O fenômeno ganhou força em 2025, impulsionado por vídeos do BookTok e vitrines do Instagram, e agora movimenta feiras, lojas on-line e listas de presentes.
Espessura importa: como proteger a lombada
Um marcador grosso pode deformar o livro. A solução tem sido trabalhar o “corpo” — a parte que fica entre as páginas — com fios finos de algodão mercerizado, como Cléa ou Anne. O material cria trama plana, resistente e com brilho suave, garantindo que a obra permaneça intacta.
- Use pontos simples e fechados no miolo.
- Reserve pontos volumosos, como pipoca, apenas para as extremidades externas.
Três estilos que estão dominando as estantes
1. Bichinhos prensados
– Gatinhos, sapos e até “ratos de biblioteca” parecem sair do livro.
– Cabeça e patinhas são feitas em amigurumi com enchimento; o restante é tecido plano.
2. Florais românticos
– Cordão verde com única flor ou faixa com flores bordadas.
– Versão “flor prensada” recebe engomagem para manter pétalas abertas, conferindo ar vintage.
3. Minimalistas rendados
– Faixas estreitas, pontos vazados e desenhos geométricos discretos.
– Geralmente monocromáticos para visual clean.
Acabamento profissional em minutos
Para que a peça não enrole, artesãos recomendam blocagem: aplicar mistura de água e cola branca (ou endurece crochê) com o trabalho esticado até secar. Na ponta, tassels desfiados com pente fino facilitam encontrar a página e acrescentam movimento.
Projeto rápido, alto valor percebido
Por consumir pouca linha e ficar pronto em menos de meia hora, o marca páginas de crochê virou “gratidão instantânea” no ateliê: ótimo para aproveitar sobras de fio, oferecer como brinde ou vender como item colecionável em eventos literários.

Escrito por Neide Souza

