Eu acompanho de perto as novidades do crochê e fiquei surpresa com a velocidade com que as blusinhas artesanais conquistaram as ruas neste verão. O motivo é simples: projeto rápido, resultado imediato e estilo totalmente personalizado.
Peças pequenas, efeito imediato
Enquanto casacos e mantas levam semanas, as blusas curtas surgem em poucas horas e ainda ajudam a transformar novelos esquecidos em looks atuais. A personalização — grande tendência de 2025 — ganha força quando a própria artesã decide cor, modelagem e comprimento.
Geometria que simplifica a modelagem
Quem tem receio de costurar curvas encontra nos formatos básicos uma porta de entrada:
- Retângulos que se unem e viram croppeds.
- Triângulos que, lado a lado, formam tops ajustáveis.
A construção reta dispensa cálculos complexos e deixa o processo leve e divertido.
Pontos que refrescam
Para manter a peça usável nos dias quentes, o segredo está nos espaços vazados. Os três pontos abaixo dominam as redes sociais de artesanato:
- Ponto Rede (arcos de correntinhas) – rápido, econômico e com visual fishnet moderno.
- Ponto Leque ou Concha – textura romântica sem pesar.
- Ponto V – cria linhas verticais que alongam a silhueta e aumentam a ventilação.
Fios que respiram
Alguns materiais se mostram indispensáveis para o conforto térmico: algodão, viscose e bambu. Fibras acrílicas ficam reservadas ao inverno ou a detalhes que não tocam áreas quentes do corpo.
Acabamento profissional em casa
Bordas firmes fazem toda diferença na durabilidade. Duas técnicas garantem resultado de boutique:
- Carreira de Ponto Baixo bem ajustado ou Ponto Caranguejo (da esquerda para a direita) nas extremidades.
- Aplicação de um fio de lastex junto à última carreira de decote ou barra para evitar deformação.
Imagem: Davy anuel
Do gráfico à passarela particular
Os modelos disponíveis variam de tops faixa minimalistas a regatas com tramas elaboradas. Mesmo as versões que parecem complexas seguem a lógica dos pontos vazados, tornando-se acessíveis a iniciantes. Basta escolher o gráfico, separar fio e agulha e começar: amanhã a peça já pode estar no corpo.

Escrito por Neide Souza

