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quinta-feira, dezembro 18, 2025
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Erva de Santa Luzia: o “mato” da calçada que combate dores, limpa os rins e ainda ajuda a controlar a glicose

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Ela brota nos cantinhos mais improváveis das cidades brasileiras — entre lajotas soltas, fissuras no concreto ou no solo úmido do quintal. Pequena, quase tímida, carrega flores azul-violeta que muitas vezes passam despercebidas sob a pressa cotidiana. Contudo, bastam algumas folhas para transformar a rotina de quem convive com dores crônicas ou busca alternativas naturais de cuidado. Estamos falando da Erva de Santa Luzia, também conhecida como trapoeraba (gênero Commelina), uma planta rústica que a tradição popular já considerava preciosa muito antes da ciência começar a investigá-la.

O que é e como reconhecer

  • Flores: pequenas, delicadas, azul-celeste ou azul-violeta intenso.
  • Folhas: verdes, alongadas, com brilho natural.
  • Habitat: cresce espontaneamente em solos úmidos, meia-sombra, frestas de calçadas e terrenos abandonados.
  • Resistência: tolera variações de clima e quase todo tipo de solo, o que explica sua presença disseminada.

Principais compostos ativos

A análise fitoquímica revela altas concentrações de flavonoides e antioxidantes, moléculas reconhecidas por atuarem contra processos inflamatórios, radicais livres e desequilíbrios metabólicos.

Benefícios já observados

  1. Alívio de dores e inflamações
    A infusão ou extrato demonstra ação anti-inflamatória significativa, reduzindo inchaço e desconforto articular, sendo opção complementar em quadros de reumatismo e desgaste ósseo.
  2. Efeito diurético natural
    Estimula a eliminação de líquidos e toxinas pela urina, colaborando na limpeza do sistema renal e na prevenção de cálculos.
  3. Controle da glicemia pós-refeição
    Estudos iniciais indicam que a planta modera o pico de açúcar no sangue logo após as refeições, auxiliando diabéticos e pré-diabéticos.
  4. Redução do colesterol LDL
    Substâncias presentes nas folhas contribuem para baixar o colesterol ruim, favorecendo a saúde cardiovascular.
  5. Ação antiofídica em laboratório
    Ensaios apontaram capacidade de inibir a toxicidade do veneno de jararaca. Importante: não substitui o soro no atendimento de emergência.
  6. Combate a febres e diarreias leves
    Seu chá é tradicionalmente usado como antibiótico suave e antitérmico, ajudando a regular a temperatura corporal e a flora intestinal.

Como preparar o chá

  • 1 colher de sopa de folhas frescas, bem lavadas
  • 250 ml de água filtrada
  1. Ferva a água.
  2. Desligue o fogo assim que levantar fervura.
  3. Adicione as folhas picadas.
  4. Tampe e deixe em infusão por 10 minutos.
  5. Coe e consuma morno.

A medicina popular recomenda de duas a três xícaras diárias, sempre preparadas na hora, para preservar os compostos voláteis.

Erva de Santa Luzia: o “mato” da calçada que combate dores, limpa os rins e ainda ajuda a controlar a glicose - Imagem do artigo original

Imagem: Lucas Sampaio

Cuidados e contraindicações

  • Gestantes e lactantes: uso não aconselhado, pela falta de dados de segurança.
  • Ciclos de consumo: praticar pausas (ex.: 15 dias de uso, 7 dias de descanso) para evitar sobrecarga hepática.
  • Acompanhamento médico: não interromper medicamentos prescritos sem orientação profissional.

Resiliente, acessível e abundante, a Erva de Santa Luzia deixa claro que nem sempre é preciso buscar soluções caras ou exóticas: às vezes, o remédio está literalmente sob nossos pés.

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