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terça-feira, dezembro 9, 2025
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Nostalgia: a tendência que está dominando 2025 e reacende bandas icônicas

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Eu acompanho de perto a movimentação da indústria musical e fiquei impressionada ao ver a força que a nostalgia conquistou nos últimos meses. A volta de artistas dos anos 90 e 2000 não é só saudade: virou fenômeno cultural e econômico.

Pandemia acionou o gatilho das lembranças

O isolamento potencializou quadros de ansiedade e depressão em 25% no primeiro ano, segundo a Organização Mundial da Saúde. Diante da instabilidade, muitos passaram a rever momentos considerados seguros e felizes, abrindo espaço para o resgate de músicas que marcaram a juventude.

Reuniões que lotam estádios

  • Oasis retorna após 15 anos. Foram 14 milhões de interessados para 1,4 milhão de ingressos no Reino Unido e Irlanda. A projeção de receita supera 1 bilhão de libras, ultrapassando a estimativa da turnê “Eras” de Taylor Swift nesses mercados.
  • AC/DC embarcou na turnê “Power Up”. Brian Johnson voltou aos palcos e o grupo já faturou mais de 69 milhões de dólares na Europa. Na Austrália, 370 mil bilhetes esgotaram em um único dia.
  • The Cure registrou a maior bilheteria de sua carreira recente: mais de 37 milhões de dólares em ingressos na Europa e Estados Unidos.
  • Spice Girls alimentam rumores de reencontro em 2026, ano que marca três décadas da formação, com Victoria Beckham considerada para o line-up completo.

Anos 2000 também em alta

  • RBD protagonizou uma das turnês mais concorridas da América Latina, com arenas lotadas em série.
  • Paramore encerrou o hiato iniciado em 2018 e lotou shows no Brasil.
  • NX Zero fez 53 apresentações pelo país, mobilizando fãs que viajaram quilômetros para acompanhar a reunião.
  • McFly retomou a agenda após adiamentos causados pela pandemia e os Jonas Brothers seguem em turnê, além de lançar documentário.

Streaming colocou clássicos ao alcance de todos

Plataformas digitais igualaram músicas antigas e lançamentos no mesmo ambiente. Quem viveu o auge dessas bandas dependia de rádio, TV ou CDs; quem chegou depois descobre tudo em playlists automáticas, trilhas de filmes e recomendações de algoritmo.

Redes sociais viram motor de descobertas

No TikTok, a hashtag #nostalgia soma mais de 22 bilhões de visualizações. Buscas por “anos 90” cresceram 160% no Google em cinco anos, enquanto playlists com a palavra nostalgia avançaram 145% no Spotify em três anos. Conteúdos que remetem ao passado geram identificação imediata e resultados robustos de engajamento.

Por que esses nomes continuam relevantes?

1. Autenticidade: repertórios sólidos e vozes marcantes contrastam com o consumo rápido de hoje.
2. Comunidade: fãs criaram laços que atravessam gerações.
3. Poder de compra: quem era adolescente nos anos 90 e 2000 agora tem renda para bancar ingressos, viagens e produtos oficiais.
4. Ciclo de 20 anos: a cultura revisita referências de duas décadas atrás, impulsionando moda, comportamento e, claro, música.

Neide Souza
Escrito por Neide Souza

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