Eu acompanho de perto o varejo de moda e me surpreendi quando vi a virada que a Riachuelo colocou em prática esta semana. A rede não apenas trocou de identidade visual, como também inaugurou uma loja temporária que funciona como verdadeiro laboratório de inovação.
Loja conceito na Rua dos Pinheiros
O endereço escolhido foi a Rua dos Pinheiros, em São Paulo. Ao contrário das megastores de cerca de 2.000 m², a nova pop-up ocupa compactos 240 m². O espaço enxuto concentra:
- seleção curada de peças;
- provadores com telões interativos que mostram tamanhos e modelos disponíveis;
- atendimento personalizado;
- self check-out para eliminar filas.
Cathyelle Schroeder, diretora executiva de marketing, explica que o layout muda a cada 15 dias para destacar coleções diferentes. Haverá ativações, shows e brindes aos clientes todos os fins de semana de 2026. A operação deve durar 12 meses.
Colaboração de estreia e peças tecnológicas
Logo na entrada está a colaboração do mês: a linha assinada por Helô Rocha, lançada em 2 de dezembro. Ao fundo, os best-sellers da marca — jeans e camisetas — aparecem em versões com:
- tecnologia antiodor;
- maior respirabilidade;
- resistência à água.
Nova identidade visual
Também nesta semana, a Riachuelo apresentou seu novo logo, manuscrito pelo artista e calígrafo Mário Níveo. A paleta ganhou tons de verde e bege. Segundo Schroeder, a mudança reforça a origem brasileira da companhia: “Tem gente que nem sabe que a Riachuelo é do Brasil”.
A executiva evita chamar a iniciativa de rebranding. Para ela, trata-se do início de um projeto maior que inclui:
- novo modelo de loja;
- atendimento redesenhado;
- evolução de modelagens e matérias-primas pensadas para corpos brasileiros.

Escrito por Neide Souza

